Não se lembra da última parte da história? Ela está aqui. Depois de lembrar continue a leitura.
— Bem, já que chegamos até aqui vamos continuar com essa brincadeira, né? Você sabe as regras?
— Sim senhora. Minha Rainha me faz uma pergunta e eu devo responder. Caso eu erre, minha ignorância será castigada com depilação com cera de parte do meu corpo. Caso eu acerte, minha Rainha permitirá que eu beije algum ponto do seu corpo.
— Muito bem, servo. E sobre quais assuntos eu posso perguntar?
— Todos os assuntos que a minha Rainha quiser, senhora.
— Isso mesmo. Já que você entendeu, vamos começar. A quantos graus deve estar a cera para depilação?
— Deve estar morna, algo entre uns 35 e 40 graus mais ou menos, minha Rainha.
Droga, ele já começou acertando. Também, acho que eu facilitei demais, ele não se submeteria a essa brincadeira se não soubesse nem como funciona. Vou precisar pensar em outros assuntos para perguntar para ele. Mas perguntar o que para um cara que tem mais do que faculdade? O jogo não vai ser tão fácil como eu pensava, mas vamos lá.
— Acertou, seu chato. Pode beijar o topo da minha cabeça. — Na próxima eu pego ele.
— Obrigado minha Rainha. — Ele diz enquanto se levanta para beijar meus cabelos tão feliz como se fosse ganhar um beijo na boca.
— Qual o endereço dos meus pais? — Agora eu apelei, quero só ver.
— Não sei minha Rainha, perdão. — É quase palpável no seu tom de voz a dor que ele já antecipa sentir. E é tão gostoso ver essa dor, até me arrepia!
— Não existe perdão no meu dicionário escravo. Como você quer me servir se nem sabe onde mora a minha família. Vai perder alguns pelos para aprender a se interessar pela sua Rainha.
Espalho a cera em um dos lados do seu peito. Me delicio com o medo da dor que vejo nos olhos dele. Por quê o medo se ele gosta da dor? Ele gosta da dor? Quem é ele? Arranco de uma vez os pelos daquele lado do peito dele. O susto dele, a vulnerabilidade dele, as lágrimas que escorrem pelo rosto dele… é tudo tão excitante. Principalmente saber que posso fazer qualquer coisa com ele. Ele é meu brinquedinho, meu escravo, meu capacho; meu e só meu, ele morreria por mim, só por mim.
Continuo brincando, entre depilações e beijos. Cada vez me embriagando mais naquele êxtase do poder absoluto que tenho sobre ele. Minha excitação crescendo cada vez mais. Estou a ponto de gozar e nem tirei minha calça. Nunca imaginei que isso fosse possível. Pouco a pouco a pele branca sob os pelos ia sendo revelada, peito, abdome, costas, pernas. As áreas mais tranquilas primeiro, enquanto minha excitação crescia a medida que iam sobrando apenas as regiões mais dolorosas. Os beijos também evoluíam, mas nada de partes intimas, somos amigos. Deixei que ele beijasse algumas regiões do meu braço, minha bochecha, ambos os lados das mãos, na palma foi mais gostoso, o pulso que também foi bom. Mas o melhor com certeza foi a parte interna do cotovelo, não sabia que um beijo nessa região era tão excitante, ou talvez era eu que já estava excitada demais.
Depois de depilar a bunda dele, só faltava o saco, com certeza a parte mais dolorida e eu estava louca para fazer isso. Não dei chances de ele acertar a próxima pergunta. Perguntei a cor da calcinha que eu estava usando. Com aquela calça jeans seria impossível ele acertar. Quase tive um orgasmo ao ouvir a resposta.
— Acho que é preta, minha Rainha. — Passou longe demais, era branca.
O êxtase foi tanto que tirei a calça para mostrar a cor para ele. Talvez eu não devesse ter feito isso. Calcinha branca, molhada pelo tesão, estava transparente a essa altura. Mas tudo bem, pode ver, nunca vai comer mesmo. Isso só vai aumentar o desejo que ele sente por mim e que eu nunca vou satisfazer. E assim ele só vai fazer mais loucuras ainda por mim. Coitado.
Sentia como se fossem choques no clitóris conforme eu depilava o saco dele e via suas lagrimas rolarem pelo rosto. Meu corpo estremecia e ficava difícil controlar minhas mãos com as contrações lá embaixo, lá dentro. Não sabia que era possível sentir isso sem ser em uma relação sexual. Foi tudo tão novo para mim, e tão bom, que resolvi dar uma recompensa para ele. Faria uma última pergunta para deixar ele beijar minha boca, apenas um selinho, mas já era mais do que ele tinha conseguido de mim até hoje.
— Qual a cor do batom que eu estou usando hoje, escravo?
— Vermelho, minha Rainha.
— E você gosta de batom vermelho?
— Sim senhora.
— Então o que está esperando para beijar meus lábios, imprestável?
— Imediatamente minha Rainha.
Montei em cima dele sentindo aquele pau duro forçando contra minha calcinha molhada. Sei que ele estava louco para entrar e a verdade é que eu também estava. Mas eu não deixaria isso acontecer tão cedo. Os homens são todos assim, juram amor eterno até comerem a gente, aí desaparecem. Mas com esse não seria assim, ele rastejaria para sempre aos meus pés sem nunca ter sexo. Tocamos de leve os lábios, um beijo suave, delicado, uma despedida que deixava a promessa velada de um reencontro.
— Já basta por hoje escravo. — Digo enquanto me levantava e vestia de volta minha calça.
Ele se levanta com uma expressão muito feliz. Como ele pode ficar tão satisfeito com tão pouco? Eu lhe dei mais dor e humilhação do que prazer hoje, com certeza. Ainda assim nunca vi alguém tão feliz, mesmo depois de uma transa. Como isso é possível? Quem é ele?
Ele veste o que ainda é possível vestir das suas roupas depois do que eu fiz com elas. Pega a mochila e se despede. Nem se preocupa com as roupas de mulher, ele sabe intuitivamente que não precisará mais delas. Ele sabe que eu não pedirei novamente que ele use aquelas roupas, talvez outras, rio. Como ele consegue saber disso? Como consegue ler meus pensamentos? Quem é ele? Ainda não sei, mas ainda teremos outras seções e eu ainda vou descobrir quem é esse cara.
CONTINUA…