Algo Material

Primeiramente, devo um pedido de desculpas àqueles que acompanham meu blog por ter passado por um longo período parado, tive alguns problemas que me impediram de atualizar o blog, mas finalmente vamos continuar e finalizar a nossa série Algo, para aqueles que chegaram agora leiam primeiro os anteriores da série:

1. Algo Existe?
2. Algo se Move
3. Algo Vazio
4. Algo Ama
5. Algo Luta
6. Algo Sabe
7. Algo Sente
8. Algo Pensa
9. Algo Quer

Finalmente chegamos ao final da evolução do nosso Algo primordial. Ele se moveu gerando tempo e espaço. Começando sua individualização manteve o amor/compaixão para com suas partes, mas lutou por sua independência e sobrevivência. Dessa forma atingiu a sabedoria do equilíbrio, a verdadeira beleza da criação. Então ele foi capaz de sentir e intelectualizando esse sentimento adquiriu a capacidade pensar. Da fusão de sentimentos e pensamentos veio o desejo/vontade/energia. E agora essa energia gera o trabalho físico, material, palpável; gera a própria matéria.

Em outro post da série pedi que vocês não julgassem o algo que luta como algo mal e disse que naquele ponto ainda não havia bem e mal. Agora cheguei ao final da série e não criei o mal, então de onde ele vem? Bem, essa talvez seja a ideia mais biruta do blog, mas acredito que o mal não existe. A ideia infantil da ficção de que existe algo ou alguém bom lutando pelo bem e, um outro algo ou alguém mau disposto a prejudicar a tudo e a todos não me parece muito plausível no mundo real. Nosso algo primordial se dividiu em muitas partes, é natural que essas partes se comportem de maneiras diferentes, e é confortável acreditarmos que somos os bonzinhos e que quem pensa diferente de nós são os malvados.

Agora acho que posso encerrar a série. Pretendo voltar a vários assuntos que ficaram abertos nessa série, mas a visão geral que queria passar com ela é essa aí. Espero que tenham gostado. Se algum de meus leitores conhecedor de cabala se lembrou de algo com esses 10 posts, me resta apenas acrescentar que “qualquer semelhança não é mera coincidência”.

Até a próxima.