Criando uma religião IV

Hora de terminar está série de posts. Se você chegou agora leia primeiro os anteriores:

Até aqui você aprendeu como criar uma estória grandiosa, que envolve muitos aspectos ritualísticos, morais, sobrenaturais, e tudo que um bom conto de ficção precisa. Mas ainda é só isso, um enorme conto de ficção. Então surge a questão mais importante: Como um enorme conto de ficção se transforma em uma religião?

Para responder a essa pergunta vamos quebrá-la assim:

  1. O que todas as regiões tem em comum?
  2. Dentre estas coisas, o que os contos de ficção não tem?
  3. Como adicionar isso ao meu conto?

Então vamos examinar cada uma delas:

  1. São varias as coisas comuns a todas as religiões, pelo menos até onde conheço: deuses, rituais, crentes, ensinamentos….
  2. Excluindo alguns birutas por aí, contos de ficção em geral não tem seus crentes. Essa a chave, o que transforma um conto de ficção em uma religião é a fé. Lembrem-se de quando eu falei de magia, onde eu coloquei a fé como um dos elementos fundamentais dela. A fé é a unica coisa capaz de tornar esse Deus real, e quanto mais pessoas tiverem fé nele, mais real ele será.
  3. Aqui entra outro personagem fundamental na história de qualquer religião que sobreviva até hoje: a igreja forte e bem estruturada. Sim, não tem como fugirmos dela, se queremos que um conto se torne uma religião, precisamos divulgá-lo muito e por toda parte; precisamos nomear pessoas com autoridade sobre as suas interpretações; precisamos de um plano de marketing muito bem feito e colocado em prática; precisamos de muitos divulgadores; e, claro, para isso tudo, precisamos de muito dinheiro!

Os leitores que se esforçaram para criar sua religião até aqui, podem escolher continuar com o belíssimo conto de ficção que devem ter produzido, ou seguir em frente na criação de sua religião, criando uma igreja com força suficiente para enfrentar gigantes como a católica. Aqueles que ficaram só na teoria, pelo menos tiveram uma idéia do imenso trabalho que é criar uma religião, principalmente se imaginaram a si mesmos fazendo isso milênios a traz, sem todas as fontes de inspiração de que dispomos hoje.

Sobre birutaibm

Estudo ocultismo desde os 14 anos de idade, fui iniciado DeMolay aos 17, estou me preparando para entrar para FRA (uma fraternidade rosacruz). Sou graduado em Informática Biomédica, mestre em Física Aplicada a Medicina e Biologia (mais computação que física mesmo), doutorando na mesma área. Meu perfil no Modelo de Myers-Briggs é INTJ (fiz dois testes diferentes e o resultado foi esse em ambos). Enfim ainda não sei muito sobre mim.
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7 respostas para Criando uma religião IV

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  3. rafael disse:

    Impressionante . Você esqueçeu do elemento mais importante aqui,que é a promessa de vida pós-morte . Não adianta nada as pessoas aceitarem seguir uma religião estupida,acreditando que tudo será em vão quando morrerem .

    • birutaibm disse:

      Na verdade essa questão foi colocada no segundo post da série, onde sugiro algumas questões fundamentais que a religião que esta sendo criada deve tentar responder. Estou me referindo a questão “para onde vamos”. Mas como isso é um roteiro para a criação da religião não dou respostas, só aponto algumas perguntas. Céu, inferno, reencarnação, o fim de tudo ou qualquer outra alternativa fica por conta de quem esta criando a religião.

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