Hora de terminar está série de posts. Se você chegou agora leia primeiro os anteriores:
Até aqui você aprendeu como criar uma estória grandiosa, que envolve muitos aspectos ritualísticos, morais, sobrenaturais, e tudo que um bom conto de ficção precisa. Mas ainda é só isso, um enorme conto de ficção. Então surge a questão mais importante: Como um enorme conto de ficção se transforma em uma religião?
Para responder a essa pergunta vamos quebrá-la assim:
- O que todas as regiões tem em comum?
- Dentre estas coisas, o que os contos de ficção não tem?
- Como adicionar isso ao meu conto?
Então vamos examinar cada uma delas:
- São varias as coisas comuns a todas as religiões, pelo menos até onde conheço: deuses, rituais, crentes, ensinamentos….
- Excluindo alguns birutas por aí, contos de ficção em geral não tem seus crentes. Essa a chave, o que transforma um conto de ficção em uma religião é a fé. Lembrem-se de quando eu falei de magia, onde eu coloquei a fé como um dos elementos fundamentais dela. A fé é a unica coisa capaz de tornar esse Deus real, e quanto mais pessoas tiverem fé nele, mais real ele será.
- Aqui entra outro personagem fundamental na história de qualquer religião que sobreviva até hoje: a igreja forte e bem estruturada. Sim, não tem como fugirmos dela, se queremos que um conto se torne uma religião, precisamos divulgá-lo muito e por toda parte; precisamos nomear pessoas com autoridade sobre as suas interpretações; precisamos de um plano de marketing muito bem feito e colocado em prática; precisamos de muitos divulgadores; e, claro, para isso tudo, precisamos de muito dinheiro!
Os leitores que se esforçaram para criar sua religião até aqui, podem escolher continuar com o belíssimo conto de ficção que devem ter produzido, ou seguir em frente na criação de sua religião, criando uma igreja com força suficiente para enfrentar gigantes como a católica. Aqueles que ficaram só na teoria, pelo menos tiveram uma idéia do imenso trabalho que é criar uma religião, principalmente se imaginaram a si mesmos fazendo isso milênios a traz, sem todas as fontes de inspiração de que dispomos hoje.
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Impressionante . Você esqueçeu do elemento mais importante aqui,que é a promessa de vida pós-morte . Não adianta nada as pessoas aceitarem seguir uma religião estupida,acreditando que tudo será em vão quando morrerem .
Na verdade essa questão foi colocada no segundo post da série, onde sugiro algumas questões fundamentais que a religião que esta sendo criada deve tentar responder. Estou me referindo a questão “para onde vamos”. Mas como isso é um roteiro para a criação da religião não dou respostas, só aponto algumas perguntas. Céu, inferno, reencarnação, o fim de tudo ou qualquer outra alternativa fica por conta de quem esta criando a religião.
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